E essa trajetória tão impressionante pode ter partes reconstituídas a partir de três filmes: ‘Somos Tão Jovens’, de Antônio Carlos da Fontoura, cinebiografia de Renato; o documentário ‘Rock Brasília, Era de Ouro’, de Vladimir Carvalho, com depoimentos de artistas das principais bandas da época, inclusive o próprio vocalista da Legião, e o longa ‘Faroeste Caboclo’, de Renê Sampaio, inspirado na música de mesmo nome.
“Quando vejo que se passaram 15 anos (da morte de Renato), a primeira coisa que eu penso é como tem tanto tempo. São 16 anos da última apresentação, é muito louco e estranho. Mas o que ficou, como a homenagem no Rock in Rio deixou claro, o que faz sentido, é como as canções até hoje continuam emocionando as pessoas”, afirma Dado Villa-Lobos, guitarrista da Legião. “Você acaba lembrando de muitas coisas. Isso tudo tem um sentido muito especial, e você também tem que saber lidar com a perda, com a morte, assim como se lida com a vida”, acredita.
TRÊS VEZES NO CINEMA
Previsto para meados de 2012, ‘Somos Tão Jovens’ traz Thiago Mendonça no papel de Renato, e João Pedro e Nicolau, filhos do guitarrista Dado Villa-Lobos e do baterista Marcelo Bonfá, respectivamente, interpretando os pais. “A primeira vez que eu fui no set, eles estavam recriando um show que a gente tinha organizado em cima de um caminhão, em uma lanchonete que não existe mais. Aquele contexto deu um arrepio”, conta Philippe Seabra, vocalista da Plebe Rude e consultor do longa.
Dado, Bonfá e a família de Renato também aprovaram o projeto. “A ideia do filme era do (produtor musical) Luiz Fernando Borges, grande amigo meu e do Renato. Rolou uma proximidade, quase cumplicidade, a gente leu o roteiro, aprovou. É uma versão bem realista, ainda que romantizada, da história”, afirma Dado.
Um dos aspectos mais comentados do longa é a atuação de Thiago Mendonça como Renato Russo. Ele e os atores que vivem os membros do Aborto Elétrico e Legião Urbana (as duas bandas de Renato) tiveram aulas com o diretor musical do longa, Carlos Trilha, que foi tecladista da Legião por seis anos. O resultado é que Thiago aprendeu a tocar baixo, violão e craviola, além de cantar: as gravações foram feitas durante a filmagem, não é playback.
“Fazer esse papel me aproximou do Renato, de mim, da música ”, resume Thiago. Trilha elogia a musicalidade do ator (“Ele cantou afinado desde a primeira vez, mostrou intimidade com o baixo desde o primeiro dia”) e conta que observou a evolução dele no papel.
“Um dia, o Thiago chegou diferente no estúdio. A partir dali, ele assumiu a liderança no grupo musical (formado para o filme). Eu até me confundia, chamava ele de Renato em vez de Thiago”, diz Trilha. O diretor Antônio Carlos da Fontoura é só elogios. “O desempenho de Thiago é mais do que surpreendente, é mágico. No filme, ele se move, fala, canta, toca e sente como Renato. Ele é Renato”, afirma.
Já ‘Rock Brasília, Época de Ouro’ (em cartaz no Festival do Rio) traz entrevistas com integrantes dos principais grupos do Distrito Federal nos anos 80, como Capital Inicial, Paralamas e Plebe Rude, entre outras, e imagens de época. “É a celebração de uma turma unida pela música, porque Brasília naquela época só tinha isso: amizade e música. A gente estava fisicamente isolado”, analisa Philippe Seabra.
A música ‘Faroeste Caboclo’ virou roteiro nas mãos de Marcos Bernstein e Victor Atherino: no longa, Fabrício Boliveira é o protagonista João de Santo Cristo, Ísis Valverde é a mocinha Maria Lúcia e Felipe Abib é o vilão Jeremias. “É uma história clássica, um ‘Romeu e Julieta’ do Brasil”, resume Dado. “Tenho a versão original dessa música e não mudaram nada: ela tem quase 10 minutos, sem refrão. É a prova de que dá para fugir do esquema do pop batido de dois minutos e meio”, diz Philippe.
TRÊS VEZES NO CINEMA
Um dos aspectos mais comentados do longa é a atuação de Thiago Mendonça como Renato Russo. Ele e os atores que vivem os membros do Aborto Elétrico e Legião Urbana (as duas bandas de Renato) tiveram aulas com o diretor musical do longa, Carlos Trilha, que foi tecladista da Legião por seis anos. O resultado é que Thiago aprendeu a tocar baixo, violão e craviola, além de cantar: as gravações foram feitas durante a filmagem, não é playback.
“Fazer esse papel me aproximou do Renato, de mim, da música ”, resume Thiago. Trilha elogia a musicalidade do ator (“Ele cantou afinado desde a primeira vez, mostrou intimidade com o baixo desde o primeiro dia”) e conta que observou a evolução dele no papel.
“Um dia, o Thiago chegou diferente no estúdio. A partir dali, ele assumiu a liderança no grupo musical (formado para o filme). Eu até me confundia, chamava ele de Renato em vez de Thiago”, diz Trilha. O diretor Antônio Carlos da Fontoura é só elogios. “O desempenho de Thiago é mais do que surpreendente, é mágico. No filme, ele se move, fala, canta, toca e sente como Renato. Ele é Renato”, afirma.
Já ‘Rock Brasília, Época de Ouro’ (em cartaz no Festival do Rio) traz entrevistas com integrantes dos principais grupos do Distrito Federal nos anos 80, como Capital Inicial, Paralamas e Plebe Rude, entre outras, e imagens de época. “É a celebração de uma turma unida pela música, porque Brasília naquela época só tinha isso: amizade e música. A gente estava fisicamente isolado”, analisa Philippe Seabra.
A música ‘Faroeste Caboclo’ virou roteiro nas mãos de Marcos Bernstein e Victor Atherino: no longa, Fabrício Boliveira é o protagonista João de Santo Cristo, Ísis Valverde é a mocinha Maria Lúcia e Felipe Abib é o vilão Jeremias. “É uma história clássica, um ‘Romeu e Julieta’ do Brasil”, resume Dado. “Tenho a versão original dessa música e não mudaram nada: ela tem quase 10 minutos, sem refrão. É a prova de que dá para fugir do esquema do pop batido de dois minutos e meio”, diz Philippe.
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