sexta-feira, 19 de agosto de 2011

HOJE É O DIA MUNDIAL DA FOTOGRAFIA...VOU LHES CONTAR..

Parabéns a todos os amantes dessa arte maravilhosaaaaaa!!!
A fotografia não é a obra final de um único criador. Ao longo da história, diversas pessoas foram agregando conceitos e processos que deram origem à fotografia como a conhecemos. O mais antigo destes conceitos foi o da câmara escura, descrita pelo napolitano Giovanni Baptista Della Porta, já em 1558, e conhecida por Leonardo da Vinci que a usava, como outros artistas no século XVI para esboçar pinturas.
O cientista italiano Angelo Sala, em 1604, percebeu que um composto de prata escurecia ao Sol, supondo que esse efeito fosse produzido pelo calor. Foi então que, Johann Heinrich Schulze fazendo experiências com ácido nítrico, prata egesso em 1724, determinou que era a prata halógena, convertida em prata metálica, e não o calor, que provocava o escurecimento.
A primeira fotografia reconhecida é uma imagem produzida em 1826 pelo francês Joseph Nicéphore Niépce, numa placa de estanho coberta com um derivado de petróleo fotossensível chamado Betume da Judéia. A imagem foi produzida com uma câmera, sendo exigidas cerca de oito horas de exposição à luz solar. Nièpce chamou o processo de "heliografia", gravura com a luz do Sol. Paralelamente, outro francês, Daguerre, produzia com uma câmera escura efeitos visuais em um espetáculo denominado "Diorama". Daguerre e Niépce trocaram correspondência durante alguns anos, vindo finalmente a firmarem sociedade.
Após a morte de Nièpce, Daguerre desenvolveu um processo com vapor de mercúrio que reduzia o tempo de revelação de horas para minutos. O processo foi denominado daguerreotipia. Daguerre descreveu seu processo à Academia de Ciências e Belas Artes, na França e logo depois requereu a patente do seu invento na Inglaterra. A popularização dos daguerreótipos, deu origem às especulações sobre o "fim da pintura", inspirando o Impressionismo.
O britânico William Fox Talbot, que já efetuava pesquisas com papéis fotossensíveis, ao tomar conhecimento dos avanços de Daguerre, em 1839, decidiu apressar a apresentação de seus trabalhos à Royal Institution e à Royal Society, procurando garantir os direitos sobre suas invenções. Talbot desenvolveu um diferente processo denominado calotipo, usando folhas de papel cobertas com cloreto de prata, que posteriormente eram colocadas em contato com outro papel, produzindo a imagem positiva. Este processo é muito parecido com o processo fotográfico em uso hoje, pois também produz um negativo que pode ser reutilizado para produzir várias imagens positivas. À época, Hippolyte Bayard também desenvolveu um método de fotografia. Porém, por demorar a anunciá-lo, não pôde mais ser reconhecido como seu inventor.
No Brasil, o Francês radicado em Campinas, São Paulo, Hércules Florence conseguiu resultados superiores aos de Daguerre, pois desenvolveu negativos. Contudo, apesar das tentativas de disseminação do seu invento, ao qual denominou "Photographie" - foi o legítimo inventor da palavra - não obteve reconhecimento à época. Sua vida e obra só foram devidamente resgatadas em 1976 por Boris Kossoy.
A fotografia então popularizou-se como produto de consumo a partir de 1888. A empresa Kodak abriu as portas com um discurso de marketingonde todos podiam tirar suas fotos, sem necessitar de fotografos profissionais com a introdução da câmera tipo "caixão" e pelo filme em rolos substituíveis criados por George Eastman.
Desde então, o mercado fotográfico tem experimentado uma crescente evolução tecnológica, como o estabelecimento do filme colorido como padrão e o foco automático, ou exposição automática. Essas inovações indubitavelmente facilitam a captação da imagem, melhoram a qualidade de reprodução ou a rapidez do processamento, mas muito pouco foi alterado nos princípios básicos da fotografia.
A grande mudança recente, produzida a partir do final do século XX, foi a digitalização dos sistemas fotográficos. A fotografia digital mudou paradigmas no mundo da fotografia, minimizando custos, reduzindo etapas, acelerando processos e facilitando a produção, manipulação, armazenamento e transmissão de imagens pelo mundo. O aperfeiçoamento da tecnologia de reprodução de imagens digitais tem quebrado barreiras de restrição em relação a este sistema por setores que ainda prestigiam o tradicional filme, e assim, irreversivelmente ampliando o domínio da fotografia digital.
Imagem da primeira fotografia permanente do mundo feita por Nicéphore Niépce, em 1825.

Imagem da primeira fotografia colorida da história, tirada por James Clerk Maxwell em 1861
Ficheiro:Tartan Ribbon.jpg

Daguerreótipo
Foi numa manhã, mais precisamente no dia 19 de agosto de 1839, que a
fotografia se tornou de domínio público em território francês. O anúncio
oficial foi feito na Academia de Ciências e Artes de Paris, pelo físico
François Arago, que explicou para uma platéia espantada os detalhes do novo
processo desenvolvido por Louis Jacques Daguerre. O físico apresentava e
doava ao mundo o daguerreótipo.
Naquele momento o ato parecia uma mágica. Uma caixa escura, ferramenta capaz
de captar e fixar numa superfície o mundo “real”.
Dizem as lendas que em seguida à cerimônia várias pessoas saíram as ruas em
busca de uma máquina de fazer daguerreótipos e essa vontade de produzir
imagens nunca mais cessou.
Daguerre não perdeu tempo. Antes de doar seu invento a França já havia
patenteado o mesmo nas Ilhas Britânicas, Estados Unidos e nos quatro cantos
do mundo.
“De hoje em diante, a pintura está morta” declarava o pintor Paul Delaroche.
DagarreDagarre
Nos círculos mais conservadores e nos meios religiosos da sociedade, “a
invenção foi chamada de blasfêmia, e Daguerre era condecorado com o título
de “Idiota dos Idiotas””.O pintor Ingres, ainda que utilizasse os
daguerreótipos de Nadar para executar seus retratos, menosprezava a
fotografia, como sendo apenas um produto industrial, e confidenciava: “a
fotografia é melhor do que o desenho, mas não é preciso dizê-lo”.
Baudelaire, um dos mais expressivos representantes da cultura francesa,
negava publicamente a fotografia como forma de expressão artística, alegando
que “a fotografia não passa de refúgio de todos os pintores frustrados”, e,
sarcasticamente, celebrava a fotografia “como uma arte absoluta, um Deus
vingativo que realiza o desejo do povo. e Daguerre foi seu Messias. Uma
loucura, um fanatismo se apoderou destes novos adoradores do sol”.Com estas
declarações, Baudelaire refletia o impacto causado pela fotografia na
intelectualidade européia da época”.
DagerreótipoDagerreótipo
Um artigo publicado no jornal alemão Leipziger Stadtanzeiger, ainda na
última semana de agosto de 1839, ajuda a compreender melhor este
confronto:”Deus criou o homem à sua imagem e a máquina construída pelo homem
não pode fixar a imagem de Deus. É impossível que Deus tenha abandonado seus
princípios e permitido a um francês dar ao mundo uma invenção do
Diabo”.(Leipziger Stadtanzeiger ,26.08.1839, p.1) A nova concepção da
realidade conturbou o mundo cultural e artístico europeu.
Como entender que a fotografia viesse para ficar, a não ser em substituição
das tradicionais formas de representação? Já se havia gasto vãs sutilezas em decidir se a fotografia era ou não arte, mas preliminarmente, ainda não se
perguntara se esta descoberta não transformava a natureza geral da arte e da cultura.
Dagerreótipo em 1843

Dagerreótipo em 1843
A nova invenção teve importância mais filosófica do que científica. Nasceu
dentro do germe da sociedade industrial e a partir desta data o mundo nunca
mais seria o mesmo.
Evolução cronológica dos principais registros:
Grécia, antes de Cristo – Aristóteles – Criação da imagem através de um
orifício.
Século X – Alhazen (árabe) descreveu como observar um eclipse solar no
interior de uma câmera obscura.
Século XVI – Redução da câmera obscura (auxiliar na pintura).
Século XIX (1826) – Joseph Nicephore Niépce (francês) foi a primeira pessoa
no mundo a tirar uma verdadeira fotografia – processo heliográfico com 8
horas de exposição à luz.
Ano de 1830 – Josef Petzval criou uma nova lente dupla abertura F 3.6 (30
vezes mais rápida que a anterior).
1832/1833 – Hércules Florence descobre isoladamente a fotografia na Brasil -
na vila de São Carlos, atual cidade de Campinas (SP).
1835 – Louis Jacques Mandé Daguerre, firmou-se como único inventor da
fotografia prática, através de seu – Daguerreótipo – chapa de cobre
revestida com prata, banhada com iodeto de prata. Na presença de vapor de
mercúrio surge a imagem, gerando um único positivo (era o “polaroid” da
época).
1840 – Willian H. Fhox Talbot, descobre o processo negativo/positivo usando
como filme folhas de papel sensibilizado (preparado para reagir à luz) que
depois foi substituído por vidro. Os negativos de vidro foram usados até os
anos 50.
1871 – Richard Leach Maddox, primeira chapa usando gelatina para manter o
brometo de prata no lugar.
1877 – George Eastman, popularizou a fotografia com a criação do filme
flexível (em rolo), que tinha o nome de “American Film” e vinha com 100
poses.
1925 – Lançamento da câmera 35mm (Leica)…

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